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Trabalhar no Público ou no Privado? 🤔

  • Foto do escritor: Diogo Moreira
    Diogo Moreira
  • 7 de dez. de 2020
  • 3 min de leitura

Atualizado: 20 de dez. de 2020

No generalidade dos casos, quando iniciamos a nossa vida profissional temos duas opções. Podemos trabalhar para o setor Público, ou seja, somos funcionários do Estado, ou então podemos trabalhar no setor Privado, ou seja, trabalhamos para uma empresa privada. Qual a melhor opção?



A resposta correcta vai depender das tuas preferências. Que ênfase dás à carga horária? Ao salário? À evolução na carreira? À segurança? À flexibilidade de horários? Tudo isto são questões que deverás considerar na altura de fazer uma candidatura.


Carga Horária

Em 2016 foi aprovado um diploma que determina uma carga horária de 35 horas semanais de trabalho para os funcionários do Estado. Contrariamente, o sector privado rege-se por um diploma em que os trabalhadores estão sujeitos a 40 horas semanais de trabalho.


Salário

As tabelas salariais de quem trabalha para o Estado estão bem definidas e, por norma, existem limites rigorosos. Já no setor Privado há mais espaço para negociar contratos e condições, ou seja, não há propriamente um limite para o quanto podes ganhar. Se conseguires justificar que mereces um salário elevado, o Privado pode pagar. Mas fica o aviso, não é fácil e a competição é feroz.



O salário médio no Estado tende a ser mais elevado e, uma vez que está uniformizado independentemente do local, trabalhar para o Estado em regiões menos desenvolvidas pode conferir uma vantagem quando comparado com os salários médios privados da mesma região.


Seguro de Saúde

Quem trabalha para o Estado vai descontar 3,5% do seu salário para o Instituto de Proteção e Assistência na Doença (ADSE). Este é um sistema de saúde com protocolos e parcerias com inúmeras instituições que garantem preços mais acessíveis no acesso a cuidados de saúde, tais como: Consultas em privados, medicamentos, realização de exames, etc.


Quem trabalha no Privado pode ter também acesso a seguros de saúde muito vantajosos, contudo, a existência destes protocolos já vai depender da empresa para a qual se vai trabalhar. As grandes empresas destacam-se neste campo, oferecendo seguros de saúde sem ser necessário realizar descontos no salário.


Mas lembra-te, muitas empresas do privado não têm sequer esta hipótese. É uma boa pergunta para fazer quando fores à entrevista de emprego.


Evolução na Carreira

Tudo no Estado é muito burocrático e as regras estão bem definidas. Há menos espaço para flexibilização porque a ‘máquina do Estado é muito grande’. Esta é um frase ouvida com alguma regularidade.


Para piorar, os funcionários públicos estão sujeitos aos ‘congelamentos de carreiras’, situação que decorreu mais recentemente entre 2011 e 2018. Ou seja, ninguém progride porque o Estado considera não haver verba para aumentar salários.



Outro ponto importante realçar aqui é como é feita a progressão na carreira. No Estado, a antiguidade é um posto. A meritocracia tem relevo mas os anos de trabalho também contam muito.


No Privado é tudo mais liberal e fléxivel. A meritocracria deve ser o indicador principal para avanço na carreira, independentemente da idade que se possa ter. Se a tua empresa decretar que não vão haver aumentos podes procurar emprego noutra empresa.


No Estado podes propor mobilidade para ires para outra região fazer a mesma função, mas à partida, o salário será o mesmo.


Idade da Reforma

É igual para os dois casos. A partir de 2022 a reforma pode ser pedida aos 66 anos e sete meses. A diferença aqui reside na pré-reforma.


Os trabalhadores do Estado com determinadas condições podem pedir a reforma aos 55. No Privado, esse número sobe para 60 anos. Têm que ter anos de descontos suficientes e normalmente há uma penalização na reforma por ser antecipada.



Segurança

O Estado é conhecido por dar maior estabilidade às carreiras dos seus funcionários. Como é uma máquina mais burocrática, reunindo cerca de 650 mil trabalhadores - o maior empregador nacional - o Estado assegura um conjunto de serviços essenciais ao normal funcionamento da sociedade.


No Privado, a flexibilidade permite que haja uma dinâmica completamente diferente. Hoje trabalha-se nesta empresa e no ano seguinte podemos estar a trabalhar numa completamente diferente. Há maior margem em despedir e adaptar rapidamente as necessidades da empresa a novos desafios.



Conclusão

Tal como já foi referido, não há uma resposta certa. Depende muito das tuas preferências e até da tua visão do mundo.


Acreditas que és alguém com grande potencial e valorizas o salário? Então devias ir para o setor Privado. Mas se és alguém com grande potencial e tens um sentido de missão na sociedade, então talvez devesses ponderar o setor Público.


Conta-me nos comentários a que conclusões chegaste 😁


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