IR Quê? 🤷‍♂️ (O teu salário a desaparecer)

Vamos à entrevista e dizem-nos que o salário são 1000€. Ficamos todos contentes por termos ficado com a posição e aguardamos ansiosamente pelo primeiro cheque. Quando finalmente vamos à conta no final do mês, reparamos que apenas entraram 776€. Onde está o resto? Bem-vindo ao mundo dos Impostos. Neste artigo vamos centrar- nos no Imposto Sobre o Rendimento a.k.a. IRS.

De certeza que já ouviste algumas pessoas queixarem-se dos impostos que pagam. Muitas dessas vezes, essas pessoas estão a referir-se aos impostos que são retidos com o pagamento do salário. Ou seja, quando te dizem que o teu ordenado é X, o que vai aparecer na tua conta é X-IRS-SS (IRS já sabes o que é, SS é Segurança Social)

Tem atenção neste ponto quando fores a uma entrevista de emprego. Quando te perguntarem qual o salário que tens em mente, estão a falar do salário bruto. Uma forma de contornar a questão é dizeres que procuras um salário de 1000€ líquidos. A palavra líquidos é muito importante aqui porque diz respeito ao valor que entra efectivamente na tua conta.

Quando já tens um salário bruto definido ficas já a saber que 11% desse valor vai directamente para a Segurança Social. Digamos que é fundo do Estado que serve para pagar as pensões de reformados, subsídios de desemprego, licenças de maternidade, etc. É uma contribuição que todos fazemos para também estarmos cobertos no caso de alguma eventualidade.

Agora, vamos ao IRS. Trata-se de um imposto progressivo, ou seja, não é igual para todas as pessoas. Ele difere consoante o valor do salário. Por outras palavras, ele 'progride'. Quanto maior for o salário da pessoa, maior é o imposto sobre o rendimento (IRS).

Esta característica de progressividade é uma medida social para equilibrar a balança das contribuições. Contudo, este é um tema que pode ser polémico porque quanto maior for o teu salário, maior o imposto que terás de pagar. Ou seja, o rácio responsabilidade e pressão/salário líquido pode não compensar na perspetiva de algumas pessoas para avançar na carreira.

Mas vamos falar da progressividade dos escalões que é o método que vigora atualemente.

Como já foi referido, quem ganha mais também paga mais IRS e quem recebe menos desconta menos. Há ainda a possibilidade de não descontar nada. Em 2021, quem tiver um salário até 686€ mês (Brutos) vai ficar isento de qualquer desconto. Partindo do princípio que o trabalho é a única fonte de rendimento.

Importa ainda dizer que para além do factor progressividade, existem outros factores que poderão contribuir para uma diminuição do imposto sobre o rendimento, tais como:

- Estado civil (Pessoas casadas têm um maior desconto por terem à partida mais gastos)

- Número de dependentes (Alguém com filhos vai descontar menos porque tem custos maiores no dia-a-dia)

- Território continental ou fora (Quem vive nas ilhas tem aqui um benefício fiscal)

- Entre outros...

Em conclusão convém reter que existe uma diferença entre salário bruto e salário líquido e que é no primeiro que assenta o desconto para o IRS. Todas as pessoas que recebem rendimentos têm de pagar IRS, a não ser que o salário bruto seja inferior a 686€ mês (exemplo para 2021). Neste caso estarão isentos. Mas, não se livram da Segurança Social (11%). Essa 'amiga' não desaparece 😅

Queres saber quanto vais descontar no IRS?

➡️ Descobre ao analisar estas tabelas ;)

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